Manejo de pacientes com síndromes de predisposição hereditária ao câncer em tempos de pandemia do novo coronavírus (COVID-19).
Sabemos que dentre aqueles pacientes de pertencentes ao grupo de risco para quadros graves relacionados a infecção por coronavírus encontra-se aqueles com diagnóstico de câncer, particularmente aqueles em tratamento atual com maior chance de estar imunocomprometido. O risco de infecção de maior gravidade em pacientes portadores de síndromes de predisposição hereditária ao câncer que por outro lado possuem maior risco de desenvolvimento de câncer ainda não está estabelecido.
Diante deste cenário atual e complexo as sociedades de Brasileira de Oncologia Clínica e Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica publicaram um posicionamento sobre a orientação com relação as avaliações genéticas de risco de câncer e realização de exames de rastreamento neste período.
Para aqueles pacientes com diagnóstico de câncer atual em tratamento em que a realização de exames/ teste genéticos podem implicar em alteração da terapêutica, deve-se tentar priorizar o atendimento via telemedicina, evitando exposição do paciente em ambiente hospitalar e aglomerações.
Para pessoas que não têm diagnóstico de câncer, mas apresentam alto risco de câncer, como aquelas com síndrome hereditária do câncer, como a Síndrome de Lynch ou uma mutação BRCA, seu médico pode recomendar o adiamento de alguns testes de rastreamento ou procedimentos de redução de risco de câncer (como cirurgias profiláticas).
Em geral, é seguro atrasá-los por algum tempo. Se você tiver dúvidas sobre seu risco específico, converse com seu médico sobre os riscos e benefícios do atraso no procedimento proposto.